segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Um Devaneio.



A civilização robotizada,
cabeças de estrume acompanhados de coca-cola.
Sendo levadas pelas ondas desse eterno mar de aço e cimento
Guerras, dores, repressões, ilusões,
toda uma história de hipocrisia.
Sendo enjaulado por uma gente doente,
sem coração, com sorrisos de cera.
derretem meu amor!

Ó luz, que tá aqui e ta lá.
Tira as dúvidas desse menino
Que tem uma canção, uma glória.
E um eterno cantar...

Eu não deixe que minha luz de amor,
se apague quando a tempestade piá..

Permita que eu veja, alem das cores e da sensação.
Sendo a visão total, de sua louca imaginação
Te recuso e te nego, e quando acordo você está aqui.
Olho pros pratos, pras moças, Nada existe sem mim.

E do verbo quadrado-tridimensional-retilíneo.
Eu tiro as verdades, Em um simples pensar.
E o nada e tudo, não chegam ao meu lugar.
Vai, vai me procurando, e atrás de ti vou estar.

Capta a minha voz, te libertando desse sono.
Se sou tu, logo, sou o nós, o aperto no peito.
É o sangue da Terra, O fogo da morte, em cinzas ti dilacera.
E o fogo da vida, pra eternamente recomeçar, goze no agora, e o eterno virá.

Viva o Rei Sol, que te dá cores, e vida.


E o rique maluco, que está por aí.
Vende respostas, vende queijos. vende mentiras sem emoção.
Enquanto não acham minhas verdades.
Vou parar em uma montanha e cantar pro meu coração.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mãe e filho?



Eu sou a luz, em meus olhos o segredo
permitam que eu veja
além das cores dos seres
e das teias dos sonhos

ó mãe, em meu coração está a tocha da vida
sou o mesmo que ti
Não mais existe morte ou vida para mim
Nossos sentimentos se misturam na simetria da vida.

Faço de meu coração, minha espada
Guerreiro de ti, e de mim
somos uno, a força que eu precisar pegarei de ti
Sendo o centro do Universo pelo teu amor.

Com os olhos ao ar, sobre as montanhas e o sol
enxergo a vida se quebrar, sendo a presença total
Dono desse mundo, dentro de corpo está a porta para fora.
No jardim das alegrias, não se conta por instantes

Pra mim não existe passado, futuro, ou por-do-sol
meus demônios dormem quando enxergam minha luz
Na escuridão eu encontro o dia
na tua natureza mãe, eu encontro o éter, a paz, a eterna liberdade/harmonia.

Sou a sincronicidade do Universo, em mim concentra toda a vida
Sou a poesia, sou o amor da criação
Individual.Eterno.Eu
De minha vontade o mundo se transforma.

Os escolhidos, que escolheram
serão purificados com a energia eterna de teus seios
toda sua fauna ligada a mim,
em minhas veias corre o sangue da natureza, do fogo que há em meu ser.

O meu sonho, um encanto, que parou pelos cantos
o meu pulsar, é teu pulsar
Meus olhos são a vida
e a vida, meus sentimentos...





terça-feira, 30 de agosto de 2011

Fim do dia.


Lá fora o céu azul
sem nuvens para o cobrir o sol do dia
meu coração arde em chamas
destruindo mais um amor...

A tarde com tempo parado
a mente na busca de uma poesia
o amor busca uma direção
vou caminhando, vou desencantando...

Por que, pra que, e o mundo vai trabalhando
suas perguntas, as suas vidas, as suas dores...
E a brisa na janela, quem me dera, por um segundo, ficar com ela,
nessa dor que não aguento mais, deixo, esqueço dela.

Nesse meu olhar de moço, com as lágrimas de meu sangue
a última lágrima do poeta, e do menino.
Essa dor que sei que não vai embora
na madrugada eu não sei se ela me consola...

o meu sentimento escolhido, hoje pra ela é bandido
e o veneno do amor, misturado com a dor
vai passando nas veias, me ama e me odeia
mas não quer ficar aqui junto de mim.


E talvez meu engano, no meu ato de amor
o mais sincero/belo sentimento, daqueles que expresso no ventos
e não ligando pra nada, só para A moça amada
fui me dando pra ela, mas ela, eu não podia ter...

No Egoísmo dela, que talvez seja capricho
vou chorando, vou pensando, não vou mais tentar
já te dei meu ser, minha vida, meu sentimento
mas eu estou triste, sozinho aqui
por seu sentimento...


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Árvore



A árvore da vida, com vermelho de sangue caiu sobre mim
nele sangrava a vida de toda gente, de todo o mundo
As gargalhadas, os amores, a busca pelo nada, a dor
Tudo que houve está em mim.

As estrelas bailam no ar, na dança dos Cosmos
O Sol, meu pai e filho me acorda com seus raios de vida
O luar na noite fria, me dá a luz pra continuar
nas sendas sombrias da vida, que não me dizem o que fazer.

A loucura me devora, loucura que és fruto de mim mesmo
Tudo é tão forte e tão inerte quando o que importa é ser
na rebeliões singelas, combatendo a fogo o meu único inimigo
que se chama Eu.

A lama da terra se joga no romance elemental com meus pés
no sexo das Eras, o ar viril que entra em meu ser
E a junção transcende o corpo, não mais existe terra
não há mais diferenças, caminhos, ou separação.

Só existe o Eu Sou.

Eu sou a Individualidade do Universo, o cosmos, o nada
Sou o Fogo que queima a vida dos loucos que seguem meu caminho
Na aventura da vida, que gozam da dor e do amor
Nas dúvidas caudalosas não mais morra afogado, Guerreiro que tu és...

Eu sou a fome que corrói a barriga, o desespero do corpo que pede a vida. Sou o fracasso do que não tenta, e o consolo do que acha que pode ser consolado. Sou a maré que cobre a terra cinza e o Sol que inibe a vista.Tudo que existe deseja por mim, sou toda natureza, sou a vida, sou além dela.

Ó Guerreiro, Poeta do Caos que és
Sozinho és esquálido e sem vida, igualmente sou nada sem ti
Mas juntos somos a simetria perfeita do Universo
Teu corpo e tua mente são instrumentos do Eu que és tu, que somos nós. O Universo.

Não existe mais barreiras entre nós, Sou a Mãe, o Pai e Filho
SOU você.
Se eu cair, se nós cairmos, levantaremos juntos
Com a espada da luz, que gargalha de tudo que não habita em mim.

A tua vontade, é teu destino, é tua espada.
Crie, goze, destrua teu corpo, ou maneje da forma que desejar
A única coisa que existe és Tu, nada pode mudar o que tu és
Somos a Eternidade.




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Canção realista

Vou andando pelas ruas desse mundo
com um olhar vagabundo
to olhando essa gente,
que se mata pra sobreviver...

Vou deixando minha mata,
com as flores douradas
no meu sonho de outono
e esqueço do que é viver...

não me obrigue cores, beleza, nem promessas de amores
nessa praia sem sol
teu asfalto e cimento
esmaga minha poesia, com meu sentimento.

O teu verde mentira, vindo de eras sombrias
liquidando as moradas, da minha terra sagrada
tua estúpida violência, expressado nas vidas
de quem quer cantar...

o meu canto é mudo,
no entanto profundo
venho trazendo as palavras,
e a vida de toda minha terra...

pegue sua liberdade comprada
na tela de cores sem vida
o carro me esmaga na avenida
e sem braços tento escrever...

No sexo sem gozo, no calor da espinha
em Agosto do ano,
deve ser um engano
essa realidade que tento não ver.

Não me importo com nada, sou sem pátria e sem rumo
mas tenho um sentimento, que é expresso nos ventos
mostro a verdade sofrida, cai minha lágrima de sangue
na esperança de alguém me entender...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Não!



Não me obrigue a colocar minha cabeça em sua gilhotina
engolir sua fumaça, comer das vísceras sujas da cidade
entorpecer minha vida de mentiras
e me obrigar a rir com um corpo sem cabeça...

Não me assuste na manhã tardia
com seu relógio, me despertando para seu mundo
Eu não preciso de seus veículos, eu não preciso de seu emprego
Eu só preciso de mim mesmo.

Sua violência não me oprime, teus escravos não me despertam compaixão!
Seu deus e sua ciência exata me tira gargalhadas
Veja o mundo que vocês fizeram, veja o que fizeram a si próprios
por nada, pra nada...

Teu amor vai cair, tuas estruturas arquitetadas de cimentos vão cair, teus filhos vão sumir, tua guerra e sua paz vão cair. Seus preconceitos e morais que arruinava toda a humanidade irá desmoronar. Eu vou surgir, no meio da fumaça e destroços, mostrar a todos o verbo ser.

Gozem do vinho, do sangue de meus ancestrais mortos por sua hipocrisia, fujam e observem de seu cume artificial, toda minha força de dez mil anos guardada pra ti. Destrua minha mãe o máximo que poderem, seus prazeres são efêmeros, como seus pensamentos...

domingo, 24 de julho de 2011

A Deusa.



Ó, maravilhosa Deusa Do Sol
Quero me afogar em teus beijos de luz
Provar de teu brilho doce, e gozar na sua escuridão esquecida
Que cobre meu amor, feito pra ti.

Quero me enroscar nos teus sagrados cabelos
Na penetração, na junção total de nossos corpos
Bebendo de sua saliva, provando o teu gosto de vida
E suas garras ferinas rasgam minha pele, nos embriagando de nosso amor.

Crava em meu coração ardente, teu punhal celeste
Me mostrando toda dor, por teu hediondo prazer
Gargalhe de meu sofrimento eterno, ó impiedosa Deusa
E me aninhe em seus seios, ó mãe de todas mulheres.

Me levante na noite, na eterna escuridão
Pra me mostrar teu olhar de luar
Me hipnotizando pelo seu étereo fervor
Eliminando meus pavores absurdos, sugando em teus seios, sua perversa natureza.

Caminhe em meu coração, cure as feridas negras de sua casa
Aceite o amor de teu guerreiro do caos
Alimente mãe, esse teu fiél menino
O que expande a beleza dos cosmos, pelo teu gozo.

Solto de minha mão, minha espada de trovões e de fogo
Para acariciar tua inefável beleza
O teu cheiro orgástico, infiltra no meu nariz
E largo a guerra, para viver de teu amor.

Perdoe meus antigos medos, meus sentimentos não expressados
Escravo da dúvida que fui, Hoje sou teu Sol, teu Astro Rei
Junte ao meu Sagrado Masculino, ó minha Estrela, ó minha Deusa do fogo...
Tu és minha Eterna Felicidade, És a luz da esperança.

Junte teu frio ao meu calor, no casamento das éras
Sinta meu sabor, do lascívo ao etéreo
Seja uno novamente comigo para criarmos o novo
como te respeito, como te venero, como te espero.

Revele seu mistério grande Deusa, para o mais corajoso dos Guerreiros!
Eu sou!
Eterna amada dos homens, enlace teu mais corajoso pássaro
Goze comigo toda dor e amor do mundo, pois eu te amo mais que tudo...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Amor é odio?



Pelas ruas de dúvidas que já passei
nas vielas escuras, meu sangue derramei
No homem sério a estupidez
que sem ato algum, expressa toda a violência.

Meu olho brilha em te sentir
do etéreo amor, do teu orgasmo com meu sabor
O teu corpo arquitetado pelas estrelas
brilha como o calor do sol em me ter.

O capitalismo sombrio, de remendos e costuras
Na agulha violenta que entorpece a veia
transformando o tudo que é a mente
em um pedaço de carne, em decomposição.

Os mundos astrais, sobre a realidade bruta
O magnésio expressado por nossa junção celeste
Toda a energia do mundo, condensada em dois corpos mudos
que anseiam em se juntar em todos os mundos...

O mecanismo da dor,
transformando a beleza em um palhaço trabalhador
na ignição que queima os olhos latentes
que por um mero segundo,
tenta enxergar além da hipocrisia quotidiana.

A Deusa dos mundos materializada em uma mulher
O mais divino ser, que joga xadrez,
rir das minhas piadas e, tem ciúme dos mortais
Com beijo de energia, que eu espero, que eu sinto,
que expressa toda alegria...

sábado, 16 de julho de 2011

O executivo e o menino.



Ele vai, ele tem, ele precisa trabalhar
com seu terno impecável, e seu sorriso de cristal
vai ao super mercado aos domingos, por diversão
Cerveja, carne de porco e nenhuma emoção.

Com sua mulher, que mais parece amiga
divide a cama, e as despesas mensais
E o amor...
Esse é para os amigos do bar e pra seu futebol.

Sua fúria interminável,
é constantemente expressada nas horas de trânsito
Pra quando chegar no emprego, não se irritar com o patrão que lhe reduz a nada, sendo nada ele pode ver televisão e desfrutar de uma casa comprada a prestação.

Móveis das lojas pioneiras, estofados, compras pra sua mulher
Amava o cartão de crédito, achava uma das maiores invenções
Só perdia para o abridor de cerveja,
Andava sempre perfumado, pra eliminar o seu cheiro de natureza.

Ele nunca foi a uma floresta, adora fumaça, adora prédios
Pensou em ser arquiteto quando moço
queria fazer parte das construções sociais
Preferiu ser executivo, adora a gravata que lhe aperta o pescoço.

Conheceu um ruivo louco, que lhe falou uma vez
Que o que vivia era uma ilusão, que ele podia ser quem quiser
Ele não gostou do que ele falou, não conseguiu dormir a noite
Sentia que tinha alguma verdade nas palavras roucas do menino.

Em seu deus pediu forças, pra aguentar essa dor disfarçada de dúvida.
Mas ele não respondeu...
Se sentia velho, pra alguma mudança fazer e lembrou que o louco falou uma frase "nunca é tarde, mas sim, sempre cedo"

Esse garoto não era nada, não tinha fama, nem dinheiro.
Mas dele foi expressada as palavras mais sinceras que já ouvira
E seu ouvido acostumado a mentira quotidiana, ficou feliz
seus olhos derramavam lágrimas, que limpavam sua cara cinza.

Se olhou no espelho,
e suas lágrimas sinceras fizeram desabar sua máscara que ele sequer sabia que tinha, seu rosto era repleto de cores, rosa, verde, amarelo...
Desejou de coração encontrar aquele menino...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Todo o Universo.




Nas minhas veias quentes borbulham, ferve todo o sangue
Levando ao cérebro toda A História
mágoas, felicidades, derrotas, vitórias
passam como um feixe, por segundos e, eternamente.
Não! o tempo não está aqui.

E no mar desconhecido, da água viva que,
escorre nas sendas desconhecidas de meu corpo
Sinto a pureza das águas e, de todos seres
que me possuem, que me aninham, que me aniquilam...

Dos que ainda não são,
minha voz ecoará eternamente não em seus já poluídos tímpanos
Mas na única coisa que nunca deixa de ser.
No seu vértice encontrará minha voz, teu caminho.

A lágrima de toda dor, que em contato com a terra
em lama se transforma.
Dela sucumbi o novo mundo, a nova vida
onde a única lei é o amor.

No sol do meu peito eu queimo toda ignorância
dos séculos dispersos da vida, de rumores de um além mundo
de paz, salvação, e uma lógica absurda
Eis a chama da vida, transformando o que nunca foi, em cinzas.

No ar que entra pela minha narina, e diferente de cocaína
me traz as lembranças de tudo, e o mesmo ar
me purifica, me liberta, e faço o novo
com a liberdade de todo amor.

Eu sou toda estrela, todos os Deuses, Deusas e o Universo
Estou em tudo que existe, embora o que existe não esteja em mim
E do éter surgirá o novo.
Éter e minha mente, minha mente e o Éter. Eternamente...

sábado, 9 de julho de 2011

Definir.



Sou a poesia, e sou o poeta
as palavras oriundas de um momento
que nunca mais terei, sou o que penso agora
no entanto, pensamento não é unidade.

Pra ser necessito ser empregado, necessito virar palavra
pensamentos são infinitos, eu penso que sou os pensamentos
O próprio pensar origina-se de infinitos pensamentos
meu fato de observar mais que todos me leva aos risos.

Quando leio algo antigo penso se sou aquilo que expressei
ou se sou isso agora, ou o conjunto de ideias que aprendi
me encontro pensando, e penso nas pessoas que se preocupam com o futuro, trabalham no agora, para outro ser indefinido, que será ele, ter o prazer.

É uma batalha usar as palavras, eles limitam, e muito os pensamentos
E não obstante, sobra os conceitos que as pessoas levam como verdade. E escrever, não é pra mim, é para outras pessoas, logo terei que brincar que acredito na causalidade e no conceito temporal.

A poesia é minha arte de dar forma as palavras, sendo as palavras limitadas por natureza
cada palavra seria um meio pensamento, ou por vezes, o esforço máximo de traduzir o que senti, mas se já senti, já passou, o que vou escrever agora é uma memória de sentimento. O que não deixa de ser sentir, repetido e único, de uma nova forma, quiçá, mais intenso do que o que seria o verdadeiro sentimento.

Definir é algo tão simplório e bruto, transforma as multi-cores que é a vida em uma cor, em uma palavra, em estados.
Amor-dor, presente-futuro.
A poesia é a forma de usar as palavras sem ter forma.

Saber é não definir, quem não sabe cria o conceito na pessoa, limitando a si próprio, sendo o mundo infinito, ele coloca toda a beleza que é viver em um simples definir. Sou o poeta e a poesia, o que expressa e o que ler.

E você sabe definir?

terça-feira, 5 de julho de 2011

Henrique Santos.



É, a vida passou garoto,
Você percebeu, ou não percebeu?
Você sempre percebe... se liga em tudo não é? esses seus olhos miúdos...
Que louca, detestável e magnífica que é a vida.
A vida não, que é viver, isso sim, uma coisa única.

Já sabia que ia estar aqui, e no entanto, com mesmo sentimento sabia que não estaria. São escolhas. São sentimentos. Destino nunca mais. Quem diria que o garoto que acreditava em fantasmas se tornaria um ateu materialista? como você iria saber que algo que você gostava tanto de ser, um ateu, durasse por um momento tão curto, todas tuas convicções jogadas ao ar. Misticismo. Magia. Razão. Saber. Tudo pro ralo fétido da cidade. O que sobrou disso tudo? Nada! Apenas o novo, que daqui um mês será velho.

Você reclamou tanto desse peso que é o mundo, que é saber demais.
Controlar tudo ao seu redor, pois agora você sabe que é tudo não é?
Poderia ser milionário. Poder. Mulheres. Ou até mesmo uma casa no campo pra descansar dessa vida corrida da cidade. Mas você sabe tanto, Henrique. Essas coisas são tão sem valor pra ti. Você é um Deus! Não! Você é além das palavras. Você é a vida, é o que escolheu e é o que quer ser. Você já é, meu garoto.

Não quer acreditar não é? abusa da razão, da dúvida que é uma premissa lógica. Dúvida da própria dúvida. Você escolhe teu sentimento. Você tá cansado da razão, desse logicismo, quer abolir, aniquilar de sua mente. Você é o único capaz de tudo, mas você não pensa em nada, por que as coisas são definidas, e detesta isso. Mudar, transcender, evoluir, você quer tanto isso, quer que as pessoas enxerguem o quanto você. E as coisas tão acontecendo, você tá vendo, garoto. Tá sentindo tudo isso na chama central de teu esquálido corpo. O pessimismo foi com logicismo barato.

Lembra quando você acreditava em deus? lembra de quando você temia deus? quando odiava deus? já teve tantas opniões sobre isso. Ele sempre fez parte de você. Seria um reflexo?
E agora que é teu próprio deus, que é teu próprio senhor do Destino, acha tudo isso um saco e sem valor. Ser "vidente", captar o futuro, escolher como e quando quer as coisas, as pessoas. As surpresas se foram. A surpresa era deus.

Gostava de se encontrar nos filósofos. Mas você trilhou o caminho no cimo sem ar, sem esperanças e repleto de dor. Ninguém foi tão intenso e único como você. Ninguém dilacerou os medos mais obscuros como se corta manteiga. Você é magnífico, maravilhoso. Lindo e feio. Uno e tudo.

Cocaína, LSD, Maconha, tudo isso se foi. Restou você, o desafiador das substâncias. Muito mais forte que qualquer uma, muito mais forte que qualquer coisa. A força que você tem, a genialidade que tens. Não quer reconhecimento, você sabe que é o melhor. Nem a mera vaidade toma mais conta de ti. És o louco, o desajeitado e impaciente. É a poesia, e o poeta.

Ama amar tudo isso. Sabe que o amor é a coisa mais importante da vida. Quem não ama, não vive, é uma pedra que apenas faz parte. Pensar e amar. Duas coisas necessárias ao homem. Vejo poucos com essas qualidades. Amor é a lei, mas amor sob vontade. Quem, me diga quem teve mais vontade que você?

domingo, 3 de julho de 2011

O novo?




Veja! teus olhos estão sujos de sangue escarlate
As ruas tão repletas de dor, dor de não-ser
Não é com com teus olhos que verá a vida
Com eles só verá objetos, faces, morte e dor.

Beba a água pura da vida, pode sentir a nascente eu teu corpo?
Sinta o vulcão e o terremoto em teu ser, balançando pra não aceitar essa mediocridade. O fogo dilacera por completo tudo aquilo que é contrário a vida. Eu sou mais quente que o fogo, e mais denso que a água. Sou o ímpio, me capturem com suas mãos de cera.

Do caminho eterno que é o mar da vida
Bebi a água salgada, chorei toda a lágrima do mundo
Cai no esgoto negrume, feito de restos de seres vivos
Mas eu vi, no meio da imundice nauseante e da ínfima esperança.

O caos é o sinal, posso sentir tudo isso sucumbir
O destino é você quem faz. Eu estou fazendo todo ele, estou segurando a chave da vida. Estou em todos vocês, no que é consciente, no subconsciente, no policial, padre, dona de casa, bandido, seja qual for a classificação. Tudo há de brilhar!

Sou o vento colorido que é expresso pelas asas das borboletas
Enfrentando o mundo com sentimentos, os mais profundos de toda História. O louco poeta do caos que sou, enfrentando a realidade cinza com um lápis sem ponta. Poesia não é palavras, poesia é a criação. Agora é minha vez, meu tempo, meu sentimento.

Goze na sua sala de estar, do seu último prazer efêmero
Pois o tempo chegou, esses serão teus últimos falsos sentimentos
A vida aniquilará tudo isso. Eu sou a vida. Eu sou a estrela mais brilhante do espaço.
fogo, água, ar, terra. Sou isso tudo, inclusive você que me ler.

Não me pergunte como ou por que faço isso
Não gaste seu belo tempo se perguntando, faça. Como eu.
Procurar respostas levam a uma única coisa. Dor. O tempo dela já passou.
Eis o tempo do amor. Faço isso tudo por ele. Não existe vida sem ele.

Não se engane. Você não foi feito para o mundo.
O mundo foi feito para ti. Não sirva a esses débeis, não tenha compaixão.
Não desista. Eis o tempo do novo, eis o tempo do amor...
Eis o tempo da liberdade!!!

O sol no meu peito brilha. Sinto o que todos sentiram.
Estou vivo. Em todo o Universo.
Viver meus irmãos, não depende de vida e morte
Mas unicamente de você.

sábado, 25 de junho de 2011

Um som qualquer.




Quero o som do mundo
eternizando em meus tímpanos
que seja a voz mais doce
ou o som mais grosseiro, transformando meus ouvidos em pó.

A chama da terra esquenta meu gélido coração
paixão, sonhos, vida
bombeando o fogo para minha cabeça
já desvairada por natureza.

Cambaleando entre a pista e a calçada
juntando os pedaços da minha face
soltas no chão de lama negra
escorrendo meu corpo até o mar de anil.

Olhos vermelhos de canibinoide
sangrando por dentro
por viver onde vivem o contrário da vida
da fumaça devassa que mata os que não podem sentir.

No esconderijo do cimo
que de tão secreto, todos podem encontrar
Mas um copo cheio de petróleo
a sede não pode saciar.

tudo pela Evolução dizia o verme
no lixo putrefacto
e nas lúgubres vitrinas
Não existe evolução, existe um remendo feito de vidas.

Quero o frio, e quero o calor
o gozo das sensações
do etéreo sabor
produzido pelo meu próprio estômago

Quero continuar isso pra todo o sempre
quando não mais existir palavras
Eu estarei de outra forma
para algo que não mais será vida.

diluindo o saber na água da vida
se ferindo por entrar em contato
com o cheiro patético das pessoas
Oh! meu nariz inodoro...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A porta.




Sentado na cadeira
no que poderia ou não existir
observo a cerveja suada
seus efeitos não são nada mais pra mim.

diálogos, costumes, sons,
abraços, beijos,
essas faces fazendo parte dessa roleta enganadora
bebendo e, tirando o gosto da vida, com algo apetitoso.

Tentei me enganar por toda a eternidade
que faço apenas parte disso
Mas eu sou isso, todo o destino está em mim.
O novo precede de mim.

A civilização pede remendos
O povo pede a salvação
como é engraçado tudo isso
A seriedade, suas crenças no absurdo.

Absurdo pra todos é ser o que é
ter o infinito em suas mãos
deixar esse mundo tão pequeno e esquálido
traçar suas vidas, pobres débeis.

Não tenho tempo pra murmúrios
meu caminho é para os que são
que conseguiram sentir a vida em um copo d'água
Nos que precisam de algo abstracto para ver a vida
restam minhas risadas.

Se preocupam, se liquidam
pelo inexistente
escravos da escala social e,
de si mesmos, quer dizer, eles sequer existem.

Querem no exterior
o que se encontra em seu âmago
A porta da vida está aberta pra todos
os escravos escolheram servir.

Deixe seus sapatos, sua bagagem
e seus valores no que nunca existiu
Aqui o infinito é átomo para o que existe
Viva o eterno momento.

domingo, 12 de junho de 2011

O agora que já foi.




Sou feito de fogo, de terra
de toda classificação
caminhando rumo ao inefável
pois o que é definido, não faz parte de mim.

Não tenho dinheiro, meu banco é de madeira
da árvore que vocês tiraram, para inventar o que já existia.
Não gozo do poder econômico e, não choro pela hierarquia social.
Desvio das faces sem vida, pois o que é feito de vida, viverá.

Meu cheiro é da natureza, não preciso de perfumes para camuflar o que eu sou. Ser é um palavra para poucos, desses poucos que serão, a luz não dissipa, nem apaga...
A escuridão do nada é a pequena faísca para o tudo.
Oh! esse tudo, se recria, se destrói, se cria...

Não crio uma novidade, eu achei a beleza mais antiga das coisas em mim mesmo, passei a ver com meus olhos...
Larguei as mentiras da Filosofia, das Religiões e de tudo que se diz estudo, pois não existe estudo para a vida, viver é o conhecer.

Quero brilho daqui pra frente, quero destruição e criação. Da transformação se tem o novo
Os sons do mundo estão aí para serem dançados e, só dança quem saber sentir, pois os cálculos sabem medir, quero os números exatos de meu coração.

O Eterno é pra onde vou, é onde estou
Amor Fati
Esse amor que me escolheu antes de saber o que é existir. Existir ficou um tédio pra mim, vi além do tédio que é viver...

Quem quebra a porta pode ver o infinito
As máquinas estão aí, pra criar coisas novas, oriundo de sua novidade. O vazio é uma escolha, se ferir com essa novidade é fazer parte dela. O Fogo da vida esta aí, para queimar quem quer virar cinzas... alguém tem seda?

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Minha estrela.

Andando as esmo por aí
contando as estrelas desse céu
essa gente com tanto o que fazer
com sua convicção e seu valor...

Na noite negra de estrelas a brilar
penso no brilho de seu olhar
nos delalhes únicos dos girassóis
no calor gelado de seu amor...

Na cidade bruta, de tanta fumaça
tanto horror nos meus pensamentos
me liberto dessa agônia, não chorro mais na poeira fria
e do beijo de imaginar, na dualiade de mel e fel...

Eu aqui a me dispersar
o único que as mentes pode libertar
no seio rosa e do sentir o seu calor
esquecendo o sabor amargo que é viver...

Da coisa efêmera que chamaram de amor
As filosofias e tanto explicar
da lógica curta, da verdade inexpressiva
na seca do deserto você é minha água viva...

No orgasmo sem sabor
se jogando nesse algo desconhecido
o que virá acima da montanha
Será as estrelas ou você...

Da poesia curta de pensamento
no sentir além do sentimento
minha musa azul da noite louca
o único poeta que não sabe mentir...

Eu aqui e você e aí
minha única paixão
te quero mais que tudo
até não mais bater meu coração...

Na face única
no desenho de suas maçãs
Você de nada tem de igual
calando pra ver sua beleza, meu doce, minha forteleza...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Meu samba para o Brasil




Vai meu Brasil, me mostre sua copa
sua alegria, sua história
peça a nossas crianças uma vitória
e não me deixe mais chorar.

Me diga que isso não é verdade
esse humor sem felicidade
da liberdade de um girino
de votar, e de se acostumar.

Goze do samba,
se orgulhe de tua cultura
na morena a formosura
E na escola o que eu já sei.

(O que eu já sei)

Agradeça ao deus que veio da Europa
no domingo TV a cores
esse aceitar a ignorância
dividindo menino de favela e burguês.

(Oh! cadê freguês?)

Em suas praias de todo brilho
na garganta seca de menino
que na seca do nordeste
tenta o brilho imaginar

Amarelo, azul e verde,
dono da Amazónia
Tem produto exterior
Caipirinha e um calor.

(Olha que tanto calor)

Tente me enganar que estou sozinho
que a arte não se pode expressar
que somos escravos desse lixo
que to cansado de vomitar.

Tem fumaça, posto de óleo Diesel
demasia em esperança
como escravos sem lucidez
e no bar toda a embriaguez

Vamos jogar futebol
não veja as bolas que entram atrás
pois você não vendo
o Governo cresce mais.

(Cresce muito mais)

Meu Brasil querido
de sexo, ciência, comprimido
escravos do amor medíocre
De casar, ter filhos e padronizar.

(E padronizar)

E o padrão da inteligência
que é o de aceitar essa benevolência
Essa novela das 7 bem real
que tá na hora de acabar...

Lembranças e uma paixão.

Negro estão meus sonhos,
sem divisa, sem dor
Escuro, diferente da noite
quero ver, mas não consigo.

O caminho das faces sem vida
se deslizando entre o asfalto
pés, mãos, olhos, boca
Não consigo ouvir essa voz.

Queria poder enxergar, um brincar de se enganar
meus olhos podem ver o céu, o sol
mas quanto a isso,
eles lacrimejam e soltam, caindo em minha mão.

Estou cego, será?

Cheiro de ferro, fumaça
Na verdade, não sinto mais
apenas lembro que isso me fazia mal
lembranças...

Fantasia, é, fantasia
esqueceu de imaginar, e lembrando
pôde senti-la do seu lado, na sua cama
o calor em você, cadê seu cepticismo?

Sorvete de paixão,
gelado....
faz doer a cabeça, dor profunda
Mas não é você o amante da dor, do profundo?

Passeando por aí, como sempre,
sem ter onde ir
desiquilibrando na calçada
porém, sem cair.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Henrique.




Os sinos das igrejas tocam
O carro freia,
O homem é nomeado
E você, Henrique, por onde andas?

Poderia ser José,
Ou até mesmo Luiz, como seu pai
Mas no entanto, é Henrique,
Onde está o garoto das tardes brandas,
Das garotas doces e da paixão efêmera, pra onde foi tudo isso?

Tá ficando velho, sentindo o ódio do mundo
Detesta o ódio, não é garoto?
Mas como esse mundo é mordaz, te liquida.
Faz você pensar naquilo que mais detesta, onde está o amor, garoto?

Nos livros feitos para as pessoas cegas, pois ninguém sabe ler.
Ele por acaso estaria nas religiões? acho difícil, pois ninguém sabe sequer o que é deus.
E nas pernas das garotas, nos seios delas, no sexo, será que se esconde logo ali?
Ou estaria nesse baseado, na cocaína, na única que é mulher, onde está você, garoto?

Está em si mesmo, acha que é forte o bastante pra se aguentar?
Pra aguentar o mundo, pra ir nesse caminho, acha que pode mudar?
E o sangue que te tiraram, o amor que te tiraram, a voz que lhe roubaram, o ar que não te deixam respirar?
Não sabes nadar, não teme a morte, e se joga nessa correnteza, na que todos morreram afogados?

Será que vão te ouvir, ou será que vai morrer na sarjeta escura?
Vai chorar novamente, vai voltar a se sentir medíocre, Henrique?
Irá aceitar a comida que eles te dão, o emprego, a namorada, o nome que te dão?
Ou será você? vai querer sempre ser, ou vai sentar pra descansar, esperar outro fazer o que só você pode?

Vai encarar o mundo com a poesia, vai destruir a Máquina?
lutará contra o mundo com um digitar de dedos?
Será gentil para sempre, ou a grosseria tomará conta de si?
E a loucura, ela vai chegar, o que vai fazer, Henrique?

Você vai se perguntar, você vai se duvidar, vai ser sempre essa metamorfose?
Fará tudo o que já fez? irá lutar eternamente contra isso?
Viverá o agora, ou vai se preocupar com o inexistente?
Diga-me, o que será você? Henrique...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Aeon




E o sol vai brilhar, tudo isso há de transformar
todas as faces da mentira, em ruínas ficarão
E dos asfalto maciço feito da vida de outros seres
sairá as raízes da nova vida, de todo amor restará a paixão.

Dos olhos lacrimejantes restará a dor
Essa dor de liberdade, Ser o átomo da verdade
E dos caminhos circulares, voltaremos pro mesmo lugar, pois enquanto houver a morte nós estaremos aqui para vos libertar.

E do mínimo da beleza do mundo que podemos desfrutar, enxergaremos o poder de imaginar, o de ser, o de esquecer. A memória se vai, mas o sentimento não. Sinto o que sinto agora, e já senti a dor de toda a civilização.

Seguro a tua luz, o teu peso por te amar
E não deixe eu cair no chão por tentar vos mostrar
Essa ponte de abismo que já cai tantas vezes só por tentar. Mas és a hora, posso sentir, pra esse lugar que eu fui, voltei para lutar.

E dos entendimentos de pura razão, e dos nomes que hão de me classificar
Escrevo essas palavras com sangue de vida, o vermelho do mundo. Quando a total loucura chegar, ficarei parado, nesse mundo surdo.

Vos dou meu caminho,
minhas máximas retiradas do meu vivo coração
quebrando as incertezas dos conceitos tolos
Libertando de minhas loucuras, ou entendem, ou morram na incompreensão.

E no absurdo, meus filhos, não cairão nunca mais
Pois além da vaidade, existe vidas, e mais vidas.
O vazio faz parte de mim,
dos amores, e nas dores.

No túnel escuro das explicações, eu lhes dou luz, a desse mundo incógnito e lindo, de Zaratustra, Horus, Jesus. E do lodo lamacento sucumbirá o Tudo. A Letra A é o inicio, e vocês, minha continuação, meus eternos filhos...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Palavras doces

Na sala de espera
esperando uma vida chegar
outra realidade menos fria
alguma que eu possa sentir, ao invés de chorar.

Esse amor, retornando de algum lugar
mergulhando nele,
pois logo, pode se acabar
Essa vida real, crua quanto a carne.

Sonhei que matava alguém
Ao invés de me desesperar
sorri.
Gozei por cortar as raízes de mais um vegetal.

Mudar não é contradizer
Continuem indo cegos, escravos de momento
Petrifiquem-me na suas cabeças
Ao invés ler meu sentimento.

Acelere seus carros importados
passe por cima do meu corpo magro
Destruam meu sangue vivo
Pois ele estará vivo, a morte não existe meus caros

Agrade sua mãe, vista-se de trabalhador
Seja o que sempre sonhou
o sonho comprado, como os de padaria
E seus cérebros ocos, atraem moscas como os dela.

Sangre por todos os poros
Sinta a verdadeira dor, a minha, a disso tudo
Beba do veneno gástrico
De minha barriga aberta por que os micróbios já se cansaram.

Não Vomite vendo minhas palavras
São podres como as dos corpos que se transformam
E da Transformação surge a vida
Incógnita como qualquer uma.

Viva a liberdade, essa palavra de tanto sonhar
Eu conheço essa imundice, de quanto mais tem, mas quer comprar.
A criança que fui, está aqui agora
Brincando com um novo brinquedo, que só partirá, quando quebrar.

domingo, 8 de maio de 2011

Quero uma Passagem




Quero me libertar dessa gaiola
Se distrair dessa insanidade
Sair do tom nenhum
nas cores dessa produtora cidade.

Sentir no lisérgico prisma
Correndo para o momentâneo agora
pensando no imaginado futuro
que veio, e foi embora

Esse sentir oriundo desse ciclo
de dores e prazeres
de cair na fumaça movediça, de carimbar a massa
no apertar o gatilho e voltar para caça.

Das crianças de momento,
que logo serão instrumentos
dessa máquina fordista
rica por fora e destruída por dentro

gastando o tempo nos livros de razão
ou no sexo de madrugada
se esquecendo na noite
pra não vomitar na privada

Já procurei essa saudade
ir além dessa verdade
de ajoelhar e obedecer, enfrentar a contra mão
seguindo o caminho de sangue na mesa, e cocaína cheirada no chão.

Esses tijolos de cor de sangue
que caem sobre o ladrão e o acusado
e a justiça que joga o dado
que mata um e salva os aliados

Essa Modernidade de que não fiz parte
das luzes a brilhar, cartão de crédito, prestação
esse avanço de bem estar, no cárcere evoluído
E na liberdade primitivo

Ja se foi Deus, e o brilhando sol
Enxerguei a verdadeira luz
bebi do veneno amargo
calando a voz, pra não ser devorado.

Levantei no frio dos becos
se enganando em ter onde ir
andando entre as prostituas com cheiro de amor
bebendo esse bálsamo, expelido dessa notória flor


Marginalizado por fugir
por quebrar a vidraça da mentira
O sonho, mais uma realidade, tão bela quanto essa
é só estar acordado.

O som do silêncio, acende meus ouvidos
queimando como vela
acordando desse sono de vida
de Lindo por hora, e feio pelo tédio.

Vida e morte, são tantos estados
basta saber onde está
estamos mortos no agora
resta sorrir e levantar.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Tantas cores e cor nenhuma...




Nesse mundo, de tantas cores
Eu que sou de tantas, e ao mesmo tempo
de cor nenhuma;

Talvez o vermelho, representando o sangue expelido por uma cabeça que nada mais tinha que sangue, que entra no ralo das cidades, sangue de mais um, e recebe conceito de morto e pra quem não entende, deixa de ter cor.

A escuridão escolhida por todos, a negritude dos olhos, para os que não sabem olhar pra si e ao mesmo tempo pra fora si, como lápis de carvão que transformando toda a luz, todo o branco em simples sujeira negra.

O verde da esperança, o esperar sentado, o deus verme das escrituras. A ilusão prometida, o esperar prometido, mas por quem? Isso nada importa para os que sabem esperar, esperam seu novo mundo, da vida, o que só a morte pode dar.

O Azul da minha blusa que uso agora, que é o mesmo azul que cobre o mar. Esse mar, sem fim e sem princípio, mas parece outra coisa, talvez vida? mas posso sentir ela por todo lugar, as ondas com suas bolhas de perguntas, ar, mar, se cansar...

E o branco, nas folhas que servem pra calcular a formula hermética da vida? Na herança cartesiana de vida, no espaço e tempo que como raios queimam meus olhos me cegando desse mundo simplório de folha branca e borracha gasta.

E o prático cinza, és o tempo dele, o mundo cinza, de monstros gigantes, de janelas nos olhos e boca de asfalto, Sugando todo que é de humano pra transcender em máquina, pois isso é A Evolução.Um apertar de parafusos e tudo está pronto, o mundo, a dor, a vida, tudo celado e empacotado com destino a imbecilidade...

Quando poderão sentir ao invés de ver as cores?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vida Eterna?

Esse veneno todo me derruba
se afogando na antiga lama negra
entorpecendo todos corpos e mentes
agonizando no asfalto profundo

Essa fome nunca me esquece
escrevendo com sangue essas palavras loucas
quero enterrar todo pão e vinho
dissipar a neblina dos olhos cegos

Quero mostrar o caminho da luz
que só enxerga quem pode voar
sentindo o mundo em sua alma
e verá que o caminho está por todo lugar

Já não mais gozo de sua felicidade
que foi criada pra essa gente do mundo
no âmago esse mundo Grego e cristão
e por fora fumaça e lágrimas de sangue

Quero minha voz em todo o pensamento
esmagando a vida desse povo mudo
e dos restos sobrará a dor
e dela ensinar o eterno do mundo

Já vomitei essa velha realidade
que se compra, vende e morre
o homem evoluído com seu terno escolhido a dedo
de tanta evolução, mais parece máquina

Esse fogo que esquenta minha cabeça
que é a mesma chama da terra
enquanto outros sonham com uma nova vida
eu sinto que sou toda a ela

Por instantes a água mata a sede
e pra sempre as respostas limitam a vida
Posso ouvir o silêncio do Universo
e escolher novamente essa vida sofrida...