sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Canção realista

Vou andando pelas ruas desse mundo
com um olhar vagabundo
to olhando essa gente,
que se mata pra sobreviver...

Vou deixando minha mata,
com as flores douradas
no meu sonho de outono
e esqueço do que é viver...

não me obrigue cores, beleza, nem promessas de amores
nessa praia sem sol
teu asfalto e cimento
esmaga minha poesia, com meu sentimento.

O teu verde mentira, vindo de eras sombrias
liquidando as moradas, da minha terra sagrada
tua estúpida violência, expressado nas vidas
de quem quer cantar...

o meu canto é mudo,
no entanto profundo
venho trazendo as palavras,
e a vida de toda minha terra...

pegue sua liberdade comprada
na tela de cores sem vida
o carro me esmaga na avenida
e sem braços tento escrever...

No sexo sem gozo, no calor da espinha
em Agosto do ano,
deve ser um engano
essa realidade que tento não ver.

Não me importo com nada, sou sem pátria e sem rumo
mas tenho um sentimento, que é expresso nos ventos
mostro a verdade sofrida, cai minha lágrima de sangue
na esperança de alguém me entender...

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