quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Árvore



A árvore da vida, com vermelho de sangue caiu sobre mim
nele sangrava a vida de toda gente, de todo o mundo
As gargalhadas, os amores, a busca pelo nada, a dor
Tudo que houve está em mim.

As estrelas bailam no ar, na dança dos Cosmos
O Sol, meu pai e filho me acorda com seus raios de vida
O luar na noite fria, me dá a luz pra continuar
nas sendas sombrias da vida, que não me dizem o que fazer.

A loucura me devora, loucura que és fruto de mim mesmo
Tudo é tão forte e tão inerte quando o que importa é ser
na rebeliões singelas, combatendo a fogo o meu único inimigo
que se chama Eu.

A lama da terra se joga no romance elemental com meus pés
no sexo das Eras, o ar viril que entra em meu ser
E a junção transcende o corpo, não mais existe terra
não há mais diferenças, caminhos, ou separação.

Só existe o Eu Sou.

Eu sou a Individualidade do Universo, o cosmos, o nada
Sou o Fogo que queima a vida dos loucos que seguem meu caminho
Na aventura da vida, que gozam da dor e do amor
Nas dúvidas caudalosas não mais morra afogado, Guerreiro que tu és...

Eu sou a fome que corrói a barriga, o desespero do corpo que pede a vida. Sou o fracasso do que não tenta, e o consolo do que acha que pode ser consolado. Sou a maré que cobre a terra cinza e o Sol que inibe a vista.Tudo que existe deseja por mim, sou toda natureza, sou a vida, sou além dela.

Ó Guerreiro, Poeta do Caos que és
Sozinho és esquálido e sem vida, igualmente sou nada sem ti
Mas juntos somos a simetria perfeita do Universo
Teu corpo e tua mente são instrumentos do Eu que és tu, que somos nós. O Universo.

Não existe mais barreiras entre nós, Sou a Mãe, o Pai e Filho
SOU você.
Se eu cair, se nós cairmos, levantaremos juntos
Com a espada da luz, que gargalha de tudo que não habita em mim.

A tua vontade, é teu destino, é tua espada.
Crie, goze, destrua teu corpo, ou maneje da forma que desejar
A única coisa que existe és Tu, nada pode mudar o que tu és
Somos a Eternidade.




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