sábado, 25 de junho de 2011

Um som qualquer.




Quero o som do mundo
eternizando em meus tímpanos
que seja a voz mais doce
ou o som mais grosseiro, transformando meus ouvidos em pó.

A chama da terra esquenta meu gélido coração
paixão, sonhos, vida
bombeando o fogo para minha cabeça
já desvairada por natureza.

Cambaleando entre a pista e a calçada
juntando os pedaços da minha face
soltas no chão de lama negra
escorrendo meu corpo até o mar de anil.

Olhos vermelhos de canibinoide
sangrando por dentro
por viver onde vivem o contrário da vida
da fumaça devassa que mata os que não podem sentir.

No esconderijo do cimo
que de tão secreto, todos podem encontrar
Mas um copo cheio de petróleo
a sede não pode saciar.

tudo pela Evolução dizia o verme
no lixo putrefacto
e nas lúgubres vitrinas
Não existe evolução, existe um remendo feito de vidas.

Quero o frio, e quero o calor
o gozo das sensações
do etéreo sabor
produzido pelo meu próprio estômago

Quero continuar isso pra todo o sempre
quando não mais existir palavras
Eu estarei de outra forma
para algo que não mais será vida.

diluindo o saber na água da vida
se ferindo por entrar em contato
com o cheiro patético das pessoas
Oh! meu nariz inodoro...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A porta.




Sentado na cadeira
no que poderia ou não existir
observo a cerveja suada
seus efeitos não são nada mais pra mim.

diálogos, costumes, sons,
abraços, beijos,
essas faces fazendo parte dessa roleta enganadora
bebendo e, tirando o gosto da vida, com algo apetitoso.

Tentei me enganar por toda a eternidade
que faço apenas parte disso
Mas eu sou isso, todo o destino está em mim.
O novo precede de mim.

A civilização pede remendos
O povo pede a salvação
como é engraçado tudo isso
A seriedade, suas crenças no absurdo.

Absurdo pra todos é ser o que é
ter o infinito em suas mãos
deixar esse mundo tão pequeno e esquálido
traçar suas vidas, pobres débeis.

Não tenho tempo pra murmúrios
meu caminho é para os que são
que conseguiram sentir a vida em um copo d'água
Nos que precisam de algo abstracto para ver a vida
restam minhas risadas.

Se preocupam, se liquidam
pelo inexistente
escravos da escala social e,
de si mesmos, quer dizer, eles sequer existem.

Querem no exterior
o que se encontra em seu âmago
A porta da vida está aberta pra todos
os escravos escolheram servir.

Deixe seus sapatos, sua bagagem
e seus valores no que nunca existiu
Aqui o infinito é átomo para o que existe
Viva o eterno momento.

domingo, 12 de junho de 2011

O agora que já foi.




Sou feito de fogo, de terra
de toda classificação
caminhando rumo ao inefável
pois o que é definido, não faz parte de mim.

Não tenho dinheiro, meu banco é de madeira
da árvore que vocês tiraram, para inventar o que já existia.
Não gozo do poder econômico e, não choro pela hierarquia social.
Desvio das faces sem vida, pois o que é feito de vida, viverá.

Meu cheiro é da natureza, não preciso de perfumes para camuflar o que eu sou. Ser é um palavra para poucos, desses poucos que serão, a luz não dissipa, nem apaga...
A escuridão do nada é a pequena faísca para o tudo.
Oh! esse tudo, se recria, se destrói, se cria...

Não crio uma novidade, eu achei a beleza mais antiga das coisas em mim mesmo, passei a ver com meus olhos...
Larguei as mentiras da Filosofia, das Religiões e de tudo que se diz estudo, pois não existe estudo para a vida, viver é o conhecer.

Quero brilho daqui pra frente, quero destruição e criação. Da transformação se tem o novo
Os sons do mundo estão aí para serem dançados e, só dança quem saber sentir, pois os cálculos sabem medir, quero os números exatos de meu coração.

O Eterno é pra onde vou, é onde estou
Amor Fati
Esse amor que me escolheu antes de saber o que é existir. Existir ficou um tédio pra mim, vi além do tédio que é viver...

Quem quebra a porta pode ver o infinito
As máquinas estão aí, pra criar coisas novas, oriundo de sua novidade. O vazio é uma escolha, se ferir com essa novidade é fazer parte dela. O Fogo da vida esta aí, para queimar quem quer virar cinzas... alguém tem seda?

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Minha estrela.

Andando as esmo por aí
contando as estrelas desse céu
essa gente com tanto o que fazer
com sua convicção e seu valor...

Na noite negra de estrelas a brilar
penso no brilho de seu olhar
nos delalhes únicos dos girassóis
no calor gelado de seu amor...

Na cidade bruta, de tanta fumaça
tanto horror nos meus pensamentos
me liberto dessa agônia, não chorro mais na poeira fria
e do beijo de imaginar, na dualiade de mel e fel...

Eu aqui a me dispersar
o único que as mentes pode libertar
no seio rosa e do sentir o seu calor
esquecendo o sabor amargo que é viver...

Da coisa efêmera que chamaram de amor
As filosofias e tanto explicar
da lógica curta, da verdade inexpressiva
na seca do deserto você é minha água viva...

No orgasmo sem sabor
se jogando nesse algo desconhecido
o que virá acima da montanha
Será as estrelas ou você...

Da poesia curta de pensamento
no sentir além do sentimento
minha musa azul da noite louca
o único poeta que não sabe mentir...

Eu aqui e você e aí
minha única paixão
te quero mais que tudo
até não mais bater meu coração...

Na face única
no desenho de suas maçãs
Você de nada tem de igual
calando pra ver sua beleza, meu doce, minha forteleza...