quarta-feira, 22 de junho de 2011

A porta.




Sentado na cadeira
no que poderia ou não existir
observo a cerveja suada
seus efeitos não são nada mais pra mim.

diálogos, costumes, sons,
abraços, beijos,
essas faces fazendo parte dessa roleta enganadora
bebendo e, tirando o gosto da vida, com algo apetitoso.

Tentei me enganar por toda a eternidade
que faço apenas parte disso
Mas eu sou isso, todo o destino está em mim.
O novo precede de mim.

A civilização pede remendos
O povo pede a salvação
como é engraçado tudo isso
A seriedade, suas crenças no absurdo.

Absurdo pra todos é ser o que é
ter o infinito em suas mãos
deixar esse mundo tão pequeno e esquálido
traçar suas vidas, pobres débeis.

Não tenho tempo pra murmúrios
meu caminho é para os que são
que conseguiram sentir a vida em um copo d'água
Nos que precisam de algo abstracto para ver a vida
restam minhas risadas.

Se preocupam, se liquidam
pelo inexistente
escravos da escala social e,
de si mesmos, quer dizer, eles sequer existem.

Querem no exterior
o que se encontra em seu âmago
A porta da vida está aberta pra todos
os escravos escolheram servir.

Deixe seus sapatos, sua bagagem
e seus valores no que nunca existiu
Aqui o infinito é átomo para o que existe
Viva o eterno momento.

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