terça-feira, 30 de agosto de 2011

Fim do dia.


Lá fora o céu azul
sem nuvens para o cobrir o sol do dia
meu coração arde em chamas
destruindo mais um amor...

A tarde com tempo parado
a mente na busca de uma poesia
o amor busca uma direção
vou caminhando, vou desencantando...

Por que, pra que, e o mundo vai trabalhando
suas perguntas, as suas vidas, as suas dores...
E a brisa na janela, quem me dera, por um segundo, ficar com ela,
nessa dor que não aguento mais, deixo, esqueço dela.

Nesse meu olhar de moço, com as lágrimas de meu sangue
a última lágrima do poeta, e do menino.
Essa dor que sei que não vai embora
na madrugada eu não sei se ela me consola...

o meu sentimento escolhido, hoje pra ela é bandido
e o veneno do amor, misturado com a dor
vai passando nas veias, me ama e me odeia
mas não quer ficar aqui junto de mim.


E talvez meu engano, no meu ato de amor
o mais sincero/belo sentimento, daqueles que expresso no ventos
e não ligando pra nada, só para A moça amada
fui me dando pra ela, mas ela, eu não podia ter...

No Egoísmo dela, que talvez seja capricho
vou chorando, vou pensando, não vou mais tentar
já te dei meu ser, minha vida, meu sentimento
mas eu estou triste, sozinho aqui
por seu sentimento...


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Árvore



A árvore da vida, com vermelho de sangue caiu sobre mim
nele sangrava a vida de toda gente, de todo o mundo
As gargalhadas, os amores, a busca pelo nada, a dor
Tudo que houve está em mim.

As estrelas bailam no ar, na dança dos Cosmos
O Sol, meu pai e filho me acorda com seus raios de vida
O luar na noite fria, me dá a luz pra continuar
nas sendas sombrias da vida, que não me dizem o que fazer.

A loucura me devora, loucura que és fruto de mim mesmo
Tudo é tão forte e tão inerte quando o que importa é ser
na rebeliões singelas, combatendo a fogo o meu único inimigo
que se chama Eu.

A lama da terra se joga no romance elemental com meus pés
no sexo das Eras, o ar viril que entra em meu ser
E a junção transcende o corpo, não mais existe terra
não há mais diferenças, caminhos, ou separação.

Só existe o Eu Sou.

Eu sou a Individualidade do Universo, o cosmos, o nada
Sou o Fogo que queima a vida dos loucos que seguem meu caminho
Na aventura da vida, que gozam da dor e do amor
Nas dúvidas caudalosas não mais morra afogado, Guerreiro que tu és...

Eu sou a fome que corrói a barriga, o desespero do corpo que pede a vida. Sou o fracasso do que não tenta, e o consolo do que acha que pode ser consolado. Sou a maré que cobre a terra cinza e o Sol que inibe a vista.Tudo que existe deseja por mim, sou toda natureza, sou a vida, sou além dela.

Ó Guerreiro, Poeta do Caos que és
Sozinho és esquálido e sem vida, igualmente sou nada sem ti
Mas juntos somos a simetria perfeita do Universo
Teu corpo e tua mente são instrumentos do Eu que és tu, que somos nós. O Universo.

Não existe mais barreiras entre nós, Sou a Mãe, o Pai e Filho
SOU você.
Se eu cair, se nós cairmos, levantaremos juntos
Com a espada da luz, que gargalha de tudo que não habita em mim.

A tua vontade, é teu destino, é tua espada.
Crie, goze, destrua teu corpo, ou maneje da forma que desejar
A única coisa que existe és Tu, nada pode mudar o que tu és
Somos a Eternidade.




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Canção realista

Vou andando pelas ruas desse mundo
com um olhar vagabundo
to olhando essa gente,
que se mata pra sobreviver...

Vou deixando minha mata,
com as flores douradas
no meu sonho de outono
e esqueço do que é viver...

não me obrigue cores, beleza, nem promessas de amores
nessa praia sem sol
teu asfalto e cimento
esmaga minha poesia, com meu sentimento.

O teu verde mentira, vindo de eras sombrias
liquidando as moradas, da minha terra sagrada
tua estúpida violência, expressado nas vidas
de quem quer cantar...

o meu canto é mudo,
no entanto profundo
venho trazendo as palavras,
e a vida de toda minha terra...

pegue sua liberdade comprada
na tela de cores sem vida
o carro me esmaga na avenida
e sem braços tento escrever...

No sexo sem gozo, no calor da espinha
em Agosto do ano,
deve ser um engano
essa realidade que tento não ver.

Não me importo com nada, sou sem pátria e sem rumo
mas tenho um sentimento, que é expresso nos ventos
mostro a verdade sofrida, cai minha lágrima de sangue
na esperança de alguém me entender...