quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vida Eterna?

Esse veneno todo me derruba
se afogando na antiga lama negra
entorpecendo todos corpos e mentes
agonizando no asfalto profundo

Essa fome nunca me esquece
escrevendo com sangue essas palavras loucas
quero enterrar todo pão e vinho
dissipar a neblina dos olhos cegos

Quero mostrar o caminho da luz
que só enxerga quem pode voar
sentindo o mundo em sua alma
e verá que o caminho está por todo lugar

Já não mais gozo de sua felicidade
que foi criada pra essa gente do mundo
no âmago esse mundo Grego e cristão
e por fora fumaça e lágrimas de sangue

Quero minha voz em todo o pensamento
esmagando a vida desse povo mudo
e dos restos sobrará a dor
e dela ensinar o eterno do mundo

Já vomitei essa velha realidade
que se compra, vende e morre
o homem evoluído com seu terno escolhido a dedo
de tanta evolução, mais parece máquina

Esse fogo que esquenta minha cabeça
que é a mesma chama da terra
enquanto outros sonham com uma nova vida
eu sinto que sou toda a ela

Por instantes a água mata a sede
e pra sempre as respostas limitam a vida
Posso ouvir o silêncio do Universo
e escolher novamente essa vida sofrida...

Um comentário: