segunda-feira, 11 de abril de 2011

Cidade da dor.




Queria por um momento ter o desatento
de outra vida viver
Caindo no abismo de culturas, cores e gravuras
que não me deixam esquecer.

No chão roto e lamacento
feito de cimento, de lápis e alguma razão
petrificando todas aquelas cores, antigos amores
deixando em tom cinza todo o coração.

O caminhão que passa, deixando fumaça
vou engolindo com graça, por não ter o que escolher
O terno negro engole o Homem taciturno
com um murmúrio alegre diante de sua TV.

E lá vem eles com sua farda azul
com o poder nas mãos me ensinado como é viver
E não tente mostrar como é a vida, louca e sofrida
pois você pode morrer.

Se derreter, se esquecer, desaparecer...

O furacão que varre as ruas
diluindo sonhos de toda nação
te jogam no beco escuro, no abismo nulo
que cavará com teus próprios pés.

Praias, cores, prédios, igrejas
tantos amores, tanta distração
Eu, além de tudo, o mais profundo
trouxe comigo o caminho içando toda salvação.

pesadelos e sonhos sem exatidão...

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