segunda-feira, 14 de março de 2011
A moça.
Ainda não vi, porém senti
no cume dos sonhos
transbordando brilhos
Sorrindo. Sentindo. E eu, alegre como menino...
Nas brincadeiras na cama
suando na noite fria
só por vê-la
agonizo de dor homogênea.
Cheirava como rosas, do mais concentrado aroma.
Olhando e balançando seus cabelos castanhosnegros
e o toque da boca rosa no delírio noturno
jogando-a contra o travesseiro, no extâse do desespero.
Orgasmos multi cores na excitação do sonho
branco e preto que era o mundo
o mundo não mais importava
o momento nostálgico momentâneo, infindável parecia.
O café monótono do quotidiano
ao lado de tanto brilho
a canção dos animais terrestres
inaudível para nós, pois o bocejo da vida
lá não estava. Como tudo. Só nós existíamos.
E conversas de navalhas falamos por toda tarde
por vezes, parávamos, só para um ver outro
e tocar, pois não parecia real. E sabíamos que
não era. De alguma forma fazíamos partes da mesma cela.
E depois de tanta admiração, o sol real me levanta
e só lembro do tal calor.
E meus pensamentos voam,
Mas as asas não eram tão belas quanto as dela...
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