sexta-feira, 4 de março de 2011

Dos sonhos,




ao caixa do banco
retiram suas vidas no botão
da felicidade eletrônica

Quando não se há paz
nós a compramos
com dinheiro feito de árvores
queimamos nossa paz com a mesma árvore.

Dos sonhos que são triturados
nos liquidificadores das esquinas
ao rapaz que não se sente bem
logo, transa com qualquer menina.

Entre o ar puro de ventilador
As flores brilhantes nas janelas de minha dor
da juventude que troca sua vida inútil
por um ipod e seu computador.

Da ilusão que me fere
aos quatro dias que terá findo
a minha cultura que nada difere
das imbecis que nada importa de onde tenha vindo

Do sexo das tardes suadas
aos anoiteceres que sinto-me melhor sozinho
Das flores que pude desabrochar
todas me enfiaram seu venenoso espinho

O Motel que pisca faltando uma letra
como meus sentimentos que sempre faltam algo
não procuro nada.
Apenas algum doce, que se difira do mar salgado.

A matéria que mais desejo
não sei onde mora
só conheço sua maravilha
que penso/espero toda hora.

A mais graciosa que existe
que dos sonhos ainda não saiu
mas espero o momento
de beijar a boca mais doce do Brasil...

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