terça-feira, 8 de março de 2011

Canção de Carnaval.

Do lápis sem findo
entre a borracha que apaga,

Sobre minha cabeça a gravata
sob meus pés a estrada...


Essa minha mente maluca
que não me deixar dormir,

entre meus dentes minha boca
que o guarda bate e sorrir...


Da liberdade tirada
Com medo de afogar,

Na minha narina quebrada
da água que posso nadar...


O meu saber que uiva
em olhar o luar,

Das guerras iniciadas
até onde eu possa amar...


Da fumaça criada
pelos filhos da terra,

esses mesmos filhos
conceituando a guerra...


De um lado um explica
do outro tem salvação,

Essa minha gente sofrida
escravos da ilusão..


Do deuses ao nada
do tudo a morte,

Se esquecendo da vida
pra jogar nova sorte...


No nosso passado houve reis
hoje sou escravo presente,

No futuro escolhido
não haverá presidente...


Dos meus sonhos líquidos
que se espalham no ar,

Hoje só tenho minha poesia
que escrevo pra não chorar...


Dos que amam dinheiro
aos que não enxergam valor,

Enquanto uns se esquecem
eu sinto minha dor...


minha canção escolhida
logo estará em partida,

ecoando minha voz
por toda velha avenida...


Eu quando ando sem deus
eu que penso sozinho,

Eu não trouxe salvação
trouxe comigo o caminho...

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