Negro estão meus sonhos,
sem divisa, sem dor
Escuro, diferente da noite
quero ver, mas não consigo.
O caminho das faces sem vida
se deslizando entre o asfalto
pés, mãos, olhos, boca
Não consigo ouvir essa voz.
Queria poder enxergar, um brincar de se enganar
meus olhos podem ver o céu, o sol
mas quanto a isso,
eles lacrimejam e soltam, caindo em minha mão.
Estou cego, será?
Cheiro de ferro, fumaça
Na verdade, não sinto mais
apenas lembro que isso me fazia mal
lembranças...
Fantasia, é, fantasia
esqueceu de imaginar, e lembrando
pôde senti-la do seu lado, na sua cama
o calor em você, cadê seu cepticismo?
Sorvete de paixão,
gelado....
faz doer a cabeça, dor profunda
Mas não é você o amante da dor, do profundo?
Passeando por aí, como sempre,
sem ter onde ir
desiquilibrando na calçada
porém, sem cair.
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