terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Reflexo do mar



No reflexo embaçado
com a alma quebrada
fantasia ilimitada
cansado de minhas madrugadas

Sol que não muda de cor
tudo ligado ao tal de ser
Já cansado das manhãs
que não aceitam meu direito de viver

Aguentar tudo
e depois não ter
Ou esquecer de tudo
pra conseguir viver?

Se olhar no espelho
e tudo encontrar
Ou ir pro mundo
e pensar que a resposta me acalmará?

Tempo que deve vir
que pro inexato me levará
de tantos lugares de encontros
eu quero me desencontrar

Drogas de prazer
passam longe de me dar o esquecer
Vou superando meus limites
até meu saber me entender

Cada vez mais louco
de meu eu impenetrável
enquanto um vive
outro morre saudável.

O fogo que me aquece
no desejo de mudar
mas as águas que caem na cidade
logo me impedem de voar.

Essa sede do que não há
que sempre me faz lembrar
que sou um peixe cego
nesse azul e infinito mar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário