terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dia quente e uma estação.




Sentado na estação, toca ópera, minha ansiedade frequente me leva ao tédio
Logo após vem o trem, ele sorrir pra mim
Abre sua porta moderna, agradece a pouca grana que gastei com ele e segue para o caminho do inexato.

Centralizo meu olhar lá pra fora, nas paisagens naturais mas o trem é veloz e velho. Quando balança desvia meu olhar, que ultimamente anda turvo. Logo me disperso e espero um ar tóxico entrar pela porta.

Na porta a ida e volta de ambulantes me causa náuseas
todos tão confusos, indo pra lugar nenhum
Difícil de acreditar. Que eles só têm essa opção, enlaçados pela corda da ignorância

Cada trilho, cada estação que passa
mais me entusiasmo
meus pensamentos nunca tivera tão aguçados
fecho meu livro que conta o que já sei e vou em frente.

Pareço estar pronto
como um falcão experiente
penetrando com tudo na água
em busca de uma refeição que pense menos que eu.

Desço da estação
desequilibrado
e desnorteado como sempre
tento lembrar onde estou e como fui parar nessa estação.

O guarda pede pra eu sair da faixa amarela
volto a lucidez, trazendo consigo a repulsa.
Não confio em guardas, nem que sejam inertes quanto de estações.

É tarde, o sol me castiga com vontade
E eu não posso fazer o mesmo
Ele goza da minha cara, queima minha pele
E rir dos adoradores dele que se fantasiam de felizes.

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