quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O Supra Homem


Alma inquieta, se dissipando no ar. Corpo violento, envolvendo-se do calor de onde estou. Mergulho-me em minha mente, enraizada, acelerada. fantasiando-se de seu saber, orgulhando-se de todo querer.


Coração que se recusa a parar, bombeando minhas veias. Impulsionando meu sangue quente com um caminho único que não pode se livrar, sempre indo, avante, maquinando meu cérebro, que por excelência se recusa a aceitar, essa vida, esse mundo, esse todo.


Cabeça aérea, além do infinito do universo. Louco, desajeitado, viciado. Cabeça girando, tentando se achar. Mecanismo torpe, viciado em se conformar. Mente cheia, demasiado pesada, centralizado em tudo que a vida pode me proporcionar.


Olhar turvo, limitado da limitação do meu ser. Se penetrando no universo quimera e maravavilhando-se das cores que o mundo pode lhe proporcionar. Tentando avistar o que meu eu não pode achar.


Meu corpo frágil destinado a aguentar toda essa energia mental que está longe de se dissipar, me acorrentando de vigor, transcendendo meu ser, meu eu inexplicável.


Maravilhado com a beleza do universo. Perpetuo a sua beleza, faço de meu eu um caminho que é impossível de voltar. Estrada longa cujo o caminho me impulsiona a tentar, revelar, não me limitar. Destinando-me a esse mundo, a quebrar as muralhas dos conceitos, a seguir, a continuar, a transcender, a perpetuar a beleza do humano e da maravilhosa terra.


Segurando a chave do destino humano até meu último átomo energético desaparecer. Afundando do profundo de meu ser. Quebrar o que resta de vestígios que homem criou. Transcender o homem para enfim ter o prazer. Superar o homem, quebrar todas suas limitações fantasiosas para enfim gozar de minha existência que nada mais é do que o tudo e o nada. Sucumba de seu ser Supra homem...

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