quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Meu Quarto




Quarto escuro, silencioso
Só vejo meu ser nele
Cabeça louca, se revirando
Me olho no espelho e sinto minha alma


Ouço um Beatles baixinho
Falando coisas que eu não entendo
Só ouço, só sinto
Acho que a vida é sentir

O barulho de ventilador
Olho pra todos objetos
Penso o quão supérfluos são

Penso muito em mim
Sou individualista
Tenho poucos medos

o maior deles
de não ser ouvido, não ser entendido
é que não possa fazer nada
por mim, pela humanidade
pelo universo

Escrever poesia é um saco
gosto de escrever sobre mim
Pra mim
De criticar o mundo
a merda que é

O universo, cheio de mistérios
Como o Humano, ser cheio de belezas
E o Homem, tão feio, tão limitado

Sinto um cheiro bom de comida na cozinha
Ainda não é hora de comer
os prostrados não merecem degustar de boa comida

Penso em fumar pra me dispersar,
parar um pouco de pensar
escrever é bom também,
me causa bem estar tão bom
quanto de fumar

Sou tão novo
me sinto como tivesse vivido anos
meus pensamentos "futurísticos"
A compreensão é uma dádiva

Aqui no meu quarto me sinto seguro
Lá fora é tudo chato,
incógnitas cheios de conceitos
Não quero me sentir seguro
quero me sentir livre

As pessoas dizem que quererem ser livre como o vento
Eu não!
Quero ser livre como o Humano.

2 comentários:

  1. Você diz "A compreensão é uma dádiva" ... a bem da verdade que a inteligência é um fardo e não uma dádiva meu amigo.

    ResponderExcluir
  2. Compreensão não tem a ver com inteligência. Compreender é conhecer o ser que habita em ti. Saber o que quer e porque quer. Essa busca é intensa e solitária. Quase sempre dolorosa. E preciso transcender o homem e atingir o humano. É preciso criar asas....

    ResponderExcluir