quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Lei




Cansado de conversas juvenis retruquei em falar com uma senhora de idade, que a conheço bem, porém sou completamente oposto dela, sei que me decepcionarei em falar com uma múmia, mas quem sabe um dia ela mude essa tal ideia, ou simplesmente desapareça...


Ó minha grande lei, és forte, dura, sem tréguas, não abre excessões. Tem toda a verdade em suas mãos, digo, as mesmas mãos que podem tirar a vida de um homem, ou abençoa-la. A mão mais forte, mais robusta, completa de poder. É a mão mais tenaz que alguém pode segurar.


O minha senhora lei, és mais velha do que eu, mas talvez eu saiba mais que ti. Toda sedutora, tem seios jovens e apetitosos, senhora da verdade, tiradora de liberdade, mulher da justiça. Desbravadora de animais, escrava de si mesma por excelência.


Ó minha pura lei, só de pensar em ti me sinto em lama profunda, o inexato é seu maior parceiro. Sua falácia me causa vómitos à noite, meus vómitos de não realidade, de causa e efeito, mas não sou eu quem julga o suspeito. O que é certo minha pura lei? me explique melhor, ou melhor desembarace de seu nó.


O matadora de juventude, ladra de liberdade, como que com seus argumentos pode dizer o que é verdade? Crianças falam coisas mais coerente que você, como pode ser tão cruel, e não entender?


Ó velha guerreira, mais velha do que eu, mais velha que minhas ideias. Tudo que vejo em ti é hipocrisia. vejo seus filhos falando de justiça, querendo justiça. Mas o que você faz é injusto, como poderei pedir café na farmácia?
Não tenho mais palavras a dirigir a ti, você é a conhecedora de sabedoria, da agonia, do amor divino, do homem. Enquanto você viver, não haverá um novo humano...

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