quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Dia confuso
Eu queria pegar o ouro do arco-íris
poder tocar no vento
as águas que ainda me secam
aos delírios do momento
O fogo me congela
o escuro me seduz
de todas mulheres que tive
em um abismo sem luz
Das certezas inexatas
do heroísmo de um vilão.
entre as armas disparadas
e miados de um cão
Do supérfluo necessário
na riqueza da penúria
das aves que nadam
aos covardes de bravura
Das areias movediças
aos belos luares
a magia que enfeitiça
e a solidão dos mares
Da ferrugem de um copo d'água
aos cheiros dos olhares
explosão entre estrelas
rolando pelos bares
Das viagens de um novo mundo
onde tudo acabou
das cores que tenho
eu não sei pra onde vou
Do vinho mais novo
a sabedoria de um ateu
com destinos circulares
onde tudo se inverteu
Dos consumos comunistas
pesadelos reais
do surrealismo das manhãs
até as drogas liberais
Gentileza de um grosseiro
a liberdade da ditadura
dos amores que tive
o mais intenso foi a loucura...
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