quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Tardes de cidade.



Sem sol por hoje,
com clima quente
a brisa seca resolveu gritar
voz alta e rouca.

Pássaro bebendo no lago
com medo de se afogar
e próximo da ave, formigas trabalhando
por preguiça de pensar.

Nuvens enjoadas, voam com tudo
mas logo vão embora
E eu fico no calor, suado e quente
esperando algo, meu coração louco, mas não ardente.

Garotas de cantada, esperando algo de mim.
Sim, algo lindo e já inventado.
Mostrando seu corpo, pois o resto
já foi roubado. Sé é que existiu um dia.

Bandidos são presos
A polícia é premiada
E os ladrões de mente e sonhos
ficam gozando da minha cara quebrada.

Ônibus animado
Gente suada vindo do trabalho
Pedreiro, caixa, ou qualquer funcionário.
Suas identidades tão lindas quanto seus uniformes.

Vou beber água no bebedouro da Igreja
E uma velha patética resolve falar de deus
Digo que prefiro beber água.

É, to ficando velho
velho de cabeça
Pessoas não mais me apetecem
e vou ficando sozinho, mas com muita certeza.

Meu sarcasmo machuca as pessoas
e ouvir elas falarem me machuca
ou melhor, meus ouvidos.

Se eu gostasse da mentira
seria mais fácil
Enquanto falo a verdade
o mundo morre calado.

Não tenho razão de coisa alguma
E sei disso!
Enquanto todos brigam por pensar que tenho
eu vou gozando da cara deles,
e da minha vida sem compromisso.

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