quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Poeira da cidade.




Eu na minha escuridão não tento entender o que seriam sonhos, o que seria vida, viver sem sonhos, essa vida pequena, carente de fantasia. O real inexistente me assusta, me faz tremer, me levando a enlouquecer.

Sem doces para me distrair da dor amarga, sem destino,veneno letal para o os que pensam, para os que tentam, para os que amam. Distorcendo meu sabor assíduo temperado pelo caminho da lama.

O Ar que sinto agora, amanhã não será o mesmo, apagando meu desejo. Eu que sou de tantas cores, talvez amanhã me torne cinza, de cor única, com pensamento único, me direcionando para a fábrica de suprema realidade , me colocando nome, preço e validade...

Sentando aqui esperando aquele sonho que voa, sonho confuso mais que não enjoa. Mas como amo aquela confusão, esse sonho que percorre além da minha capacidade, além da minha razão. Pensei hoje, que era capaz de tudo, sempre foi assim, um sonho, um coração, sonhando pra me sentir confuso.

Eu só trouxe meu nome, não posso lhe dar mais que isso, entrego minha existência para isso. Somos o tudo, O único destino certo é lhe encontrar, eu, você, ela, o fogo, o mar, tudo um dia se juntará transformando o que chamamos de vida além do que as palavras podem mostrar.

Sentindo o vazio, o livre, o que vive e morre sem sentidos. Liberado, escravo de sua existência, só ela, a única energia importante. Representando todo o resto, o mundo gira em torno dela, Como me impor a se livrar dela? Minha alma, meu ser, meu destino, meu viver, existindo e esquecendo do antigo homem o de não ser.

Me afogando na lava, ela não mais me tira coragem, correndo sangue branco em minhas veias, me tirando o sono. Se dilacerando no cérebro, maquinando pra todo o corpo, pra toda a alma, pra todo sentimento, essa poeira que suja minha mesa, acabo com ela em segundos, e ela acaba comigo em anos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário